Titular da Comissão Temporária externa constituída no Senado Federal para acompanhar as obras da transposição do rio São Francisco, o senador Vital do Rêgo (PMDB-PB), garantiu nessa quinta-feira (17), que vai cobrar do governo federal mais agilidade no andamento dos serviços realizados e vários pontos dos eixos Eixo Norte e Leste, que não estariam avançando.
O senador disse que ficou bastante preocupado ao tomar conhecimento por meio da imprensa de que as obras haviam sido paralisadas em alguns trechos. Segundo as informações das 16 áreas em todo o Nordeste, sete estariam em inatividade, inclusive os pertencentes ao eixo Norte, como a cidade de São José de Piranhas, que concentra os sistemas adutores de Coremas / Sabugi e Canal Coremas / Sousa.
Ele prometeu conversar com o Ministro da Integração Fernando Bezerra para saber se realmente as obras teriam sofrido atraso em algum trecho conforme denunciou o deputado Francisco de Assis Quintans.
Vital observou que apesar dos problemas contratuais, o eixo Leste deverá mesmo ser concluído até dezembro de 2014, e o eixo Norte em dezembro de 2015. Ele disse que a Comissão tem procurado acompanhar a transposição buscando soluções para garantir a celeridade da obra apontada como redenção do Nordeste. “A minha função na Comissão é cobrar agilidade na obra e garantir que o cronograma seja cumprido”, disse.
Com base em informações repassadas pelo ministro da Integração Nacional Fernando Bezerra, Vital detalhou que, as reestimativas oficiais fizeram o valor total passar de R$ 4,8 bilhões, em 2007, para R$ 8,2 bilhões neste ano. O acréscimo teria ocorrido sobretudo por conta de reajustes contratuais e aumento das despesas socioambientais.
O senador disse ainda que recebeu comunicado da assessoria do Ministério da Integração Nacional, dando conta de 40% das obras estão concluídas, e os trechos que estão parados não apresentam preocupação, uma vez que até 2015 serão finalizados 81 quilômetros entre os municípios de Brejo Santo (CE), até o reservatório Engenheiro Ávidos, em Cajazeiras.
Segundo Vital, quando estiver concluído o projeto da transposição mudará toda a face rural do semiárido paraibano levando água para toda a região. Com isso os agricultores voltarão a produzir, impulsionando de vez a economia do Estado e mudando os indicadores.
Vital foi um dos parlamentares paraibanos que mais defendeu a retomada da obra no trecho que compreende a Paraíba. No começo deste ano Vital o Rêgo ele recebeu no Ministro da Integração Nacional Fernando Bezerra, a garantia ao seu pedido de andamento nos lotes que estavam paralisados. Segundo Vital do Rêgo, dos 16 lotes que integram as obras da transposição nos dois eixos, 10 estão em andamento e seis estavam interrompidos, deixando o sertanejo preocupado.
O peemedebista lembrou que, na Paraíba a transposição vai garantir maior oferta de água para 2,5 milhões de paraibanos de 127 municípios, com o aumento da garantia de água nos principais mananciais do Estado. No estado paraibano, o Eixo Leste do projeto permitirá o aumento da garantia da oferta de água para os municípios atendidos pelas adutoras do Congo, Cariri, Boqueirão e Acauã. As águas do São Francisco chegarão às bacias dos rios Paraíba e Piranhas.
Apontado como obra do século, o projeto de transposição vai garantir água a 12 milhões de nordestinos de 390 municípios do Agreste e do Sertão dos estados da Paraíba, Pernambuco, Ceará, e Rio Grande do Norte.
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