O australiano Julian Assange
, fundador do WikiLeaks
, criticou o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, em uma
participação em vídeo em evento organizado pelo Equador paralelo à
Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), em Nova York.
Assange, que recebeu asilo político
e está abrigado na Embaixada do Equador em Londres desde junho para
evitar uma extradição para a Suécia, criticou o discurso de Obama na Assembleia
. De acordo com o australiano, o líder americano diz apoiar a liberdade
de expressão no Oriente Médio ao mesmo tempo que "persegue" o WikiLeaks
por ter vazado documentos diplomáticos dos EUA.
![]() |
O criador do WikiLeaks, Julian Assange, participa de evento em Nova York via videoconferência (26/09) |
O criador do site disse ser a prova de que Obama "fez
mais para criminalizar a liberdade de expressão do que qualquer outro
presidente dos EUA".
"Deve ter sido uma surpresa para os
adolescentes egípcios que lavaram o gás lacrimogêneo americano de seus
olhos (durante a Primavera Árabe) ouvir que os EUA apoiaram as mudanças
no Oriente Médio", disse Assange. "É hora de o presidente Obama conter
suas palavras e de os EUA acabarem com sua perseguição ao WikiLeaks."
Autoridades britânicas cercaram a embaixada equatoriana e
afirmam que, caso Assange ponha o pé para fora, será preso e
extraditado para a Suécia, onde é acusado de crimes sexuais. Os
advogados de Assange e o governo equatoriano dizem que isso pode levar a
uma extradição aos EUA, onde afirmam que ele poderia enfrentar
condições desumanas de prisão e até pena de morte.
O fundador do WikiLeaks, que parecia estar em bom estado
de saúde ao falar para cerca de 150 pessoas no evento, disse que o Reino
Unido e a Suécia recusaram-se até agora a fornecer garantias de que ele
não seria extraditado aos Estados Unidos.
Fontes do governo americano e da Suécia alegaram que os
EUA não emitiram nenhuma acusação criminal ou fizeram qualquer tentativa
de conseguir a extradição de Assange.
Nenhum comentário:
Postar um comentário