Além do déficit de creches, moradores da capital denunciaram falta de berçário e de escolas estaduais com Ensino Médio.

As duas creches existentes no bairro, sendo uma estadual e outra pertencente ao município, atendem 156 crianças, com idades de 2 a 5 anos. Segundo a diretora de uma das unidades, a procura por vagas é crescente e os espaços não são suficientes para atender a população.
A
creche estadual Margarida Maria Alves, localizada na rua Manoel Vicente
Rodrigues, está apta a receber apenas 45 crianças. Para não deixar as
famílias desassistidas, a diretora da creche, Francisca de Sousa, abriu
outra sala para atender 11 crianças a mais.
Segundo Francisca de Sousa, mesmo com o número de crianças acima da
capacidade, os funcionários dão conta do trabalho. No entanto, a sala
que servia como dormitório para as crianças teve que ser readaptada para
uma sala de aula.
“A procura de mães é sempre grande, principalmente
por conta dos novos loteamentos. Por isso, tivemos que abrir outra sala e
mesmo com essas crianças a mais, todas são atendidas”, garantiu.
No Centro de Referência da Educação Infantil (Crei) Maria Gertrudes, do Município, a situação também não é diferente.
Apesar de comportar 100 crianças, no local estão matriculados cinco
alunos a mais e ainda há pais cadastrados em uma lista de espera,
segundo informações dos funcionários da creche. Na ruas do bairro, a
principal reclamação dos pais e mães que precisam deixar os filhos em um
local seguro enquanto trabalham é falta de creches para atender
crianças menores de dois anos.
É o caso da dona de casa Rosilda Ferreira, moradora do Condomínio da
Paz. Ela reclama da falta de creche para atender a neta de um ano e
oito meses de vida. “Aqui no condomínio, por exemplo, tem muita criança
menor de dois anos que não tem como ficar nas creches. A maioria das
mães não pode trabalhar por conta disso. Com quem elas vão deixar as
crianças?”, questiona.
A realidade é outra na casa do aposentado Severino Silvino, que
também tem um neto com pouco mais de um ano de idade. Ele conta que a
criança fica aos cuidados da avó, enquanto os pais trabalham. Mas,
defende a instalação de mais uma creche no bairro para atender às
famílias mais carentes. “Vejo muitos pais aqui que não têm com quem
deixar os filhos e também não têm como pagar alguém para cuidar. Tudo
isso atrapalha, no caso das mães que precisam trabalhar”, lamentou.
Já quem precisa estudar o Ensino Médio ou participar de programas de
Educação de Jovens e Adultos também reclama da falta de uma escola
estadual que tenha ensino médio, no bairro. A dona de casa Neide Lima
revela que para assistir aulas do Ensino Médio, precisou se matricular
em uma escola no Bairro dos Novaes e que outras pessoas ainda procuram
vagas em escolas no bairro do Jardim Planalto.
A Promotoria da Educação, por meio da assessoria jurídica, informou que será marcada uma audiência com as Secretarias Estadual e Municipal de Educação sobre o déficit de creches e escolas no bairro.
Katiana Ramos
Fonte: www.jornaldaparaiba.com.br
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