
Nascido em Osvaldo Cruz, interior paulista, em maio de 1950, Gushiken
foi um dos fundadores do PT, onde ocupou diversos cargos, entre eles o
de vice-presidente. Ao lado dos principais líderes da sigla, como Luiz
Inácio Lula da Silva, José Dirceu e Ricardo Berzoini, foi também um dos
fundadores da Central Única dos Trabalhadores. Em 1989, coordenou a
campanha presidencial do Lula, que disputou e perdeu o 2º turno para
Fernando Collor. Coordenou depois a de 1998.
Começou sua vida política como sindicalista, tendo intensa
participação nas greves contra a ditadura, no final dos anos 1980. Foi
deputado federal por três mandatos e ministro da Comunicação Social
durante o primeiro mandato do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Ainda jovem, Gushiken mudou-se para São Paulo, onde morou no Brás e
começou a trabalhar como escriturário no Banco do Estado de São Paulo, o
Banespa, onde ficou de 1970 a 1999. Daí passou a atividades sindicais,
chegando à presidência do Sindicato dos Bancários.
À época da ditadura, militou na tendência Liberdade e Luta (Libelu),
braço da Organização Socialista Internacionalista, de orientação
trotskista.
Como ministro das Comunicações, ainda em 2005, ele foi acusado de
manipular verbas de publicidade do governo e acabou deixando o cargo.
Passou a viver em São Paulo, onde tinha uma chácara em Indaiatuba.
Gushiken chegou a ser denunciado com outros líderes petistas no
processo do mensalão. Acusado de peculato, o próprio procurador-geral
Roberto Gurgel pediu sua exclusão do processo - e o Supremo Tribunal
Federal o tirou da lista de réus.
Figura discreta, adepto da fé bahai, Gushiken estava doente há vários
anos - em 2009 teve um enfarte e setembro de 2010 internou-se no
Hospital Sírio- Libanês para colocação de um stent. Teve em seguida
várias complicações e em agosto passado internou-se no Hospital Nove de
Julho, também na área central de São Paulo - do qual voltou para o Sírio
Libanês.
Um de seus últimos contatos com os amigos foi uma visita que recebeu,
na semana passada, de alguns velhos companheiros petistas, como José
Dirceu e Aloizio Mercadante. Deixa a mulher, Elizabeth, e três filhos
Estadão
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