O ex-ministro Luiz Gushiken morreu na noite desta sexta-feira, 13, em
São Paulo, aos 63 anos, em decorrência de um câncer contra o qual lutava
há 12 anos. Ele estava internado no Hospital Sírio-Libanês, na região
central. O velório será a partir das 7h deste sábado no Cemitério do
Redentor, na avenida dr. Arnaldo, em São paulo. O sepultamento está
marcado para as 16h no mesmo local.
Nascido em Osvaldo Cruz, interior paulista, em maio de 1950, Gushiken
foi um dos fundadores do PT, onde ocupou diversos cargos, entre eles o
de vice-presidente. Ao lado dos principais líderes da sigla, como Luiz
Inácio Lula da Silva, José Dirceu e Ricardo Berzoini, foi também um dos
fundadores da Central Única dos Trabalhadores. Em 1989, coordenou a
campanha presidencial do Lula, que disputou e perdeu o 2º turno para
Fernando Collor. Coordenou depois a de 1998.
Começou sua vida política como sindicalista, tendo intensa
participação nas greves contra a ditadura, no final dos anos 1980. Foi
deputado federal por três mandatos e ministro da Comunicação Social
durante o primeiro mandato do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Ainda jovem, Gushiken mudou-se para São Paulo, onde morou no Brás e
começou a trabalhar como escriturário no Banco do Estado de São Paulo, o
Banespa, onde ficou de 1970 a 1999. Daí passou a atividades sindicais,
chegando à presidência do Sindicato dos Bancários.
À época da ditadura, militou na tendência Liberdade e Luta (Libelu),
braço da Organização Socialista Internacionalista, de orientação
trotskista.
Como ministro das Comunicações, ainda em 2005, ele foi acusado de
manipular verbas de publicidade do governo e acabou deixando o cargo.
Passou a viver em São Paulo, onde tinha uma chácara em Indaiatuba.
Gushiken chegou a ser denunciado com outros líderes petistas no
processo do mensalão. Acusado de peculato, o próprio procurador-geral
Roberto Gurgel pediu sua exclusão do processo - e o Supremo Tribunal
Federal o tirou da lista de réus.
Figura discreta, adepto da fé bahai, Gushiken estava doente há vários
anos - em 2009 teve um enfarte e setembro de 2010 internou-se no
Hospital Sírio- Libanês para colocação de um stent. Teve em seguida
várias complicações e em agosto passado internou-se no Hospital Nove de
Julho, também na área central de São Paulo - do qual voltou para o Sírio
Libanês.
Um de seus últimos contatos com os amigos foi uma visita que recebeu,
na semana passada, de alguns velhos companheiros petistas, como José
Dirceu e Aloizio Mercadante. Deixa a mulher, Elizabeth, e três filhos
Estadão
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