Morreu
na noite de sexta-feira (27) o menino Arthur Ledo Rocha Brandão, de 5
anos, que passou por uma cirurgia de separação do irmão gêmeo, Heitor,
no Hospital Materno Infantil (HMI), em Goiânia. A informação foi
confirmada pela família dos siameses. A unidade de saúde não esclareceu a
causa da morte até a publicação desta reportagem.
Ainda não há informações sobre o estado
de saúde de Heitor na manhã deste sábado (28). No entanto, até a noite
de sexta-feira ele permanecia internado em estado grave na Unidade de
Terapia Intensiva (UTI), com febre e respirando com a ajuda de
aparelhos.
Os gêmeos eram unidos pelo tórax,
abdômen e bacia, compartilhando o fígado e genitália. Os irmãos foram
separados em uma cirurgia que começou às 10h30 de terça-feira (24) e
terminou cerca de 15 horas depois, às 1h50 do dia seguinte. Desde então,
eles seguiam internados na UTI do hospital.
De acordo com a amiga da família Marla
Rodrigues, todos estão abalados e tentando ser fortes para dar apoio a
Heitor. “A família está tendo que ser forte porque o Heitor ainda
precisa de oração, de força”, disse Marla.
O corpo de Arthur será encaminhado nesta
manhã a Riacho de Santana, cidade do interior da Bahia em que os pais
nasceram. Segundo Marla, o gêmeo será sepultado no município, mas ainda
não se sabe o horário.
Siameses
Natural de Riacho de Santana, a mãe dos siameses veio a Goiânia um mês antes do nascimento dos filhos para que eles tivessem acompanhamento desde o parto, em maio de 2009. Após o nascimento, ela voltou para a terra natal por um período e, desde 2010, mora em Goiânia com os siameses. O marido e a filha mais velha, de 7 anos, continuaram no Nordeste.
Natural de Riacho de Santana, a mãe dos siameses veio a Goiânia um mês antes do nascimento dos filhos para que eles tivessem acompanhamento desde o parto, em maio de 2009. Após o nascimento, ela voltou para a terra natal por um período e, desde 2010, mora em Goiânia com os siameses. O marido e a filha mais velha, de 7 anos, continuaram no Nordeste.
Desde que nasceram, os gêmeos eram
preparados para a cirurgia de separação. Neste período, os siameses
passaram por 15 procedimentos cirúrgicos, entre eles alguns para
implantação de expansores no corpo para que tivessem pele suficiente
para a separação. Os meninos só alcançaram as condições necessárias para
a cirurgia neste ano.
Após a separação, os médicos informaram
que o procedimento transcorreu dentro do esperado. Inclusive, eles
tiveram uma boa notícia, pois, diferentemente do que acreditavam, cada
um dos gêmeos tinha um intestino, uma bexiga e uma vesícula.
Horas antes de Arthur morrer, a mãe e o
pai, Delson Brandão, visitaram as crianças e viram Heitor acordado pela
primeira vez. Eles se emocionaram ao ver o filho abrir os olhos e chamar
por Arthur. “Fiquei muito emocionada, sem palavras. Não dá para
descrever tamanha emoção, apenas sentir. Não esperávamos vê-lo acordado.
Quando chegamos e falei o nome dele, ele abriu os olhos. Levei-o para
ver o Arthur e ele jogou beijos para o irmão, que estava dormindo”,
contou..
Com G1
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