
A Promotoria russa exigiu nesta terça-feira (07/08) uma pena de três
anos de prisão para as integrantes da banda, sustentando que representam
uma ameaça para a sociedade pela possibilidade de realizarem outros
protestos no país. No último dia para as falas da acusação, as artistas
foram denunciadas pelo crime de desrespeito à religião.
Os promotores e advogados de acusação sustentam que a apresentação da banda em uma Igreja Ortodoxa, em fevereiro desse ano, não constituiu uma ação política, mas sim de ódio religioso. Prova disso, afirmam eles, é que nenhum político foi citado na canção de nome “Virgem Maria, expulse Putin”. “Elas debocharam e humilharam as pessoas na Igreja”, disse o promotor Alexei Nikiforov. “Usar palavrões numa igreja é um abuso contra Deus”, completou ele.
Os promotores e advogados de acusação sustentam que a apresentação da banda em uma Igreja Ortodoxa, em fevereiro desse ano, não constituiu uma ação política, mas sim de ódio religioso. Prova disso, afirmam eles, é que nenhum político foi citado na canção de nome “Virgem Maria, expulse Putin”. “Elas debocharam e humilharam as pessoas na Igreja”, disse o promotor Alexei Nikiforov. “Usar palavrões numa igreja é um abuso contra Deus”, completou ele.
Perguntas como “O que a religião ortodoxa significa para você?”, “As
roupas delas era apertada?” e “O que te ofendeu com as máscaras que
usavam?” foram feitas para as testemunhas da acusação, que estavam na
Igreja no momento da intervenção artística. Uma delas se contradisse ao
afirmar que escutou uma música na catedral, sendo que a banda
acrescentou depois os instrumentos no vídeo divulgado no YouTube.
Baseando-se nas impressões de fiéis ofendidos com a performance das
Pussy Riots, uma das advogadas da acusação chegou a afirmar que o
feminismo é um crime. “Todas as rés declararam ser feministas e disseram
que isso é permitido na Igreja Cristã-Ortodoxa”, disse Yelena Pavlova.
“Isso não corresponde com a realidade. O feminismo é um pecado mortal”,
completou.
“Elas tem de ser isoladas da sociedade”, afirmou Alexei Nikiforov que
pediu três anos de prisão para todas as integrantes da banda pela
apresentação. O promotor poderia ter exigido a condenação máxima de sete
anos, mas parece ter seguido os conselhos do presidente russo. Vladimir
Putin na semana passada (02/08) disse que as mulheres não “fizeram nada
de bom”, mas não devem ser julgadas tão duramente.
Resistência
O presidente russo parece ter seguido o conselho do advogado de defesa, Mark Feigin, das Pussy Riots que alertou que uma condenação “romperia definitivamente as relações entre a sociedade e o governo russo”. O julgamento, assim com a marcha contra as eleições que reelegeram Putin, uniram grupos de oposição que sustentam que o governo russo persegue seus críticos.
Resistência
O presidente russo parece ter seguido o conselho do advogado de defesa, Mark Feigin, das Pussy Riots que alertou que uma condenação “romperia definitivamente as relações entre a sociedade e o governo russo”. O julgamento, assim com a marcha contra as eleições que reelegeram Putin, uniram grupos de oposição que sustentam que o governo russo persegue seus críticos.
Manifestante russo é preso pela polícia em protesto pela libertação da banda
Segundo eles, as denúncias contra a banda punk fazem parte de um esforço de Putin para intimidar a sociedade e russa. “Eles declaram guerra contra nós!”, alertou o líder esquerdista Sergei Udalstov em protesto no final de julho pela libertação das músicas que reuniu milhares de pessoas. “Para a sua rejeição da lei, existe uma resposta da rua", disse Feigin.
Na sexta-feira (03/08), três homens escalaram as paredes do tribunal, utilizando gorros em suas caras como o das mulheres, e gritaram “Liberdade às Pussy Riot!” das janelas, informou o jornal britânico The Guardian. Segundo a correspondente do jornal em Moscou, outros atos semelhantes aconteceram em outras cidades do país.
Figuras importantes da arte na Rússia protestaram a favor das acusadas, como Petr Pavlesnky que costurou sua boca em solidariedade à banda punk. A luta das artistas atravessou os oceanos e mobilizou diversos famosos, como Sting e Red Hot Chili Peppers e até Madonna que realiza shows no país nesta semana.
Segundo eles, as denúncias contra a banda punk fazem parte de um esforço de Putin para intimidar a sociedade e russa. “Eles declaram guerra contra nós!”, alertou o líder esquerdista Sergei Udalstov em protesto no final de julho pela libertação das músicas que reuniu milhares de pessoas. “Para a sua rejeição da lei, existe uma resposta da rua", disse Feigin.
Na sexta-feira (03/08), três homens escalaram as paredes do tribunal, utilizando gorros em suas caras como o das mulheres, e gritaram “Liberdade às Pussy Riot!” das janelas, informou o jornal britânico The Guardian. Segundo a correspondente do jornal em Moscou, outros atos semelhantes aconteceram em outras cidades do país.
Figuras importantes da arte na Rússia protestaram a favor das acusadas, como Petr Pavlesnky que costurou sua boca em solidariedade à banda punk. A luta das artistas atravessou os oceanos e mobilizou diversos famosos, como Sting e Red Hot Chili Peppers e até Madonna que realiza shows no país nesta semana.
“Em um primeiro momento, depois dos protestos contra Putin em dezembro,
as autoridades se assustaram”, explicou o advogado de defesa Nikolai
Polozov. “Agora, eles se recuperaram e começaram a reagir – o julgamento
da ‘Pussy Riots’ é claramente o primeiro passo”, acrescentou de acordo
com o Guardian.
Imparcialidade da justiça
Grupos russos e internacionais que apoiam a luta das artistas estão
cada vez mais indignados com as atitudes da justiça na condução do
processo. Enquanto todas as testemunhas de acusação foram autorizadas
pela juíza Marina Syrova, apenas 3 das 13 testemunhas nomeadas pela
defesa puderam ser interrogadas no julgamento. Syrova também foi
responsável por permitir uma série de perguntas da acusação às
testemunhas, mas vetou que a defesa realizasse as mesmas questões.
A justiça russa já recusou diversos pedidos judiciais da defesa,
incluindo uma apelação para enviar o processo de volta à Promotoria já
que não existem provas suficientes. Os advogados de defesa da “Pussy
Riots” impetraram pedido no tribunal para chamar o representante da
instituição religiosa a testemunhar no processo que foi negado, informou
a rede Interfax.
“Mesmo nos tempos soviéticos, nos tempo de Stalin, os julgamentos eram
mais honestos do que esse”, afirmou Polozov durante o tribunal.
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