
Opinião do especialista
Renato KfouriPresidente da Sociedade Brasileira de Imunizações (Sbim)“A inclusão da vacina contra a catapora no calendário é de extrema importância. A doença é muitas vezes vista como benigna, mas ela é altamente contagiosa e pode ter consequências graves em algumas situações. Se uma criança infectada vai para uma sala de aula onde ninguém está imunizado, por exemplo, cerca de 70% dos coleguinhas também vão se infectar. Disponibilizar a vacina juntamente com a tríplice é uma maneira eficiente de aumentar a taxa de aderência.”
A primeira dose da vacina será dada no primeiro aniversário, com
reforço aos quatro anos. Às crianças que já haviam tomado a primeira
dose da tríplice ou mesmo para adultos que não sabem se tomaram ou não
a vacina, o SUS irá oferecer somente a tríplice. Isso porque, como a
primeira dose não foi dada, tomar somente a segunda dose da vacina
contra a catapora não é suficiente para uma imunização completa.
A vacina – De acordo com o Ministério da Saúde,
serão investidos 127,3 milhões de reais para a compra de 4,5 milhões de
vacinas da tetra viral por ano. Produzida a partir do vírus
varicela-zóster atuenado, a vacina terá fabricação nacional, via
parceria entre o laboratório GSK e a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).
Catapora - A doença, que tem o nome científico de
varicela, é uma infecção altamente contagiosa e causada pelo vírus
varicela-zóster. A transmissão é feita pelas vias respiratórias, por
partículas transportadas pelo ar contaminadas com o vírus. Os sintomas
costumam aparecer de 10 a 21 dias após a infecção e incluem dores de
cabeça leves, febre moderada, perda de apetite e mal-estar. De dois a
três dias após os primeiros sinais, surgem erupções avermelhadas com
coceira. O tratamento pode ser atópico ou com o uso de medicamentos.
Segundo o Ministério da Saúde, entre 2000 e 2011 foram registradas
69.525 internações por catapora no país.
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