sábado, 1 de setembro de 2012

Presidente do STJ quer desmembrar processos

Dilma Roussef e o novo presidente do STJ durante cerimônia de posse / Jose Cruz/ABr
O novo presidente do STJ (Superior Tribunal de Justiça), o ministro Felix Fischer, defendeu o desemembramento de processos com muitos réus e disse que esse tipo de julgamento torna-se trabalhoso e demorado. Ele explicou que separar o procedimento em partes viabiliza o andamento tanto no STJ quanto para onde vão os outros processos.

“Sou favorável sempre a desmembrar o processo quando há muitos réus para viabilizar o processamento e manter aqui no tribunal só quem tem foro privilegiado", admitiu o ministro nesta terça-feira (31).


Embora não concorde com a extinção do foro privilegiado, ele também se disse favorável à sua limitação: “Não faz sentido um juiz julgar um ministro do Supremo [Tribunal Federal]. Mas o que não pode é estender essa situação a hipóteses em que não há qualquer simetria”, afirmou.

Fischer defendeu, ainda, a limitação do número de processos encaminhados ao Superior Tribunal de Justiça. Para ele, o STJ deveria se ocupar apenas com o julgamento de causas mais relevantes. Além disso, ele propõe a ampliação do número de assessores e a modernização da estrutura de informática para garantir maior agilidade aos julgamentos.

O relator no STJ do julgamento da chamada "Operação Caixa de Pandora", da Polícia Federal, que tem mais de 30 réus e apura o esquema de corrupção no governo do Distrito Federal, ministro Arnaldo Esteves Lima, determinou o desmembramento do processo quanto aos crimes em apuração. Mas Fischer não sabe se ainda é possível adotar o procedimento, pois desmembrar o julgamento dos réus depende do estágio em que o processo está.

O ministro admitiu haver defasagem no Código Penal, especialmente no que diz respeito a crimes eletrônicos, sexuais e lavagem de dinheiro.

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