![]() |
Falta de água tem matado animais no interior e maltratado as pessoas na Paraíba (Foto: Francisco França/Jornal da Paraíba) |
Pelo menos 87,44% dos municípios paraibanos estão sendo atingidos
pela estiagem. Em maio deste ano, o governo decretou situação de
emergência em 195 dos 223 municípios da Paraíba e
medidas como o racionamento de água e abastecimento com carros-pipa já
foram adotadas. Os meteorologistas afirmam que as regiões mais afetadas
são Cariri, Curimataú, Sertão e Alto Sertão. No período que deveria
chover mais no Cariri e Curimataú, choveu 58,74% abaixo da média
esperada.
De acordo com a Defesa Civil da Paraíba, a lista de cidades em situação de emergência por causa da seca deve deve ser atualizada em novembro, quando se encerram os prazos do decreto e as prefeituras apresentarem dados sobre as situações nos municípios.
De acordo com a Defesa Civil da Paraíba, a lista de cidades em situação de emergência por causa da seca deve deve ser atualizada em novembro, quando se encerram os prazos do decreto e as prefeituras apresentarem dados sobre as situações nos municípios.
Marle Bandeira, meteorologista da Agência Executiva de Gestão das
Águas (Aesa), explicou que entre os meses de fevereiro e maio,
considerado o período mais chuvoso em algumas regiões do estado, foi
registrado um saldo negativo em diversos municípios paraibanos. No Alto
Sertão, era esperado uma média de 653,2 mm, mas choveu apenas 336 mm.
Ou seja, 48,6% abaixo do esperado para o período considerado o mais
chuvoso.
Já no Sertão, a média para o período era de 603,5mm, mas choveu
apenas 249,1mm, que foi 58,74% do esperado. A região que foi mais
afetada pela estiagem entre fevereiro e maio foi o Cariri e Curimataú.
Os meteorologistas aguardavam uma média de 356,1mm, mas o registrado
foi 75,2%, ou seja, 78,9% abaixo da média esperada para o período. Em
Patos, no Sertão da Paraíba, a Aesa registrou uma das temperaturas mais
altas, 36º C.
A situação é crítica no Alto Sertão da Paraíba, de acordo com o
Secretário de Agricultura de Catolé do Rocha. É necessário percorrer
60km para buscar água em um açude em São José do Brejo do Cruz. A
adutora que leva água do rio Piranhas, abastecendo os 28 mil habitantes
do município, está passando por racionamento e quase todo o
fornecimento na zona urbana e zona rural vem sendo feito através de
carros-pipa.
“Desde julho o abastecimento está apertado por causa do
racionamento. Estamos buscando a solução no Açude do Baião, distante
mais de 60km de Catolé do Rocha. Escolas, unidades do Programa Saúde da
Família (PSF) e até o presídio estão sofrendo com a situação. Está
crítico”, afirmou o secretário Adjailson de Almeida Silva.
De acordo com a assessoria de imprensa da Defesa Civil da Paraíba,
as regiões afetadas pela seca estão sendo assistidas tanto pelo governo
Estadual quanto o Federal. Carros-pipa estão abastecendo os moradores
da região. Equipes estão realizando a recuperação de poços artesianos e
ração está sendo distribuídas para os animais, que também sofrem com a
estiagem.
Causa
Marle Bandeira explicou que a falta de chuva no interior do estado foi provocado pelas baixas temperaturas registradas nas águas do oceano atlântico. “As águas superficiais do oceano estavam com as temperaturas mais baixas que o normal e isso contribuiu para a não ocorrência de chuva em toda Paraíba. Por conta das baixas temperaturas, não foi possível ocorrer a formação de nuvens para levar chuva para os municípios paraibanos”, explicou Marle Bandeira.
Marle Bandeira explicou que a falta de chuva no interior do estado foi provocado pelas baixas temperaturas registradas nas águas do oceano atlântico. “As águas superficiais do oceano estavam com as temperaturas mais baixas que o normal e isso contribuiu para a não ocorrência de chuva em toda Paraíba. Por conta das baixas temperaturas, não foi possível ocorrer a formação de nuvens para levar chuva para os municípios paraibanos”, explicou Marle Bandeira.
A previsão para os próximos dias é de variação de nuvens no
Curimataú e Sertão. Para o Litoral, Brejo e Agreste, a previsão é de
chuvas espaças.
Racionamento
Por conta a estiagem, a Companhia de Águas e Esgotos da Paraíba (Cagepa) informou nesta sexta-feira (19) que as cidades de Remígio e Esperança, e os distritos de Lagoa do Mato, São Miguel e Cepilho, todas localizadas no Agreste paraibano, devem adotar um sistema de racionamento de água.
Por conta a estiagem, a Companhia de Águas e Esgotos da Paraíba (Cagepa) informou nesta sexta-feira (19) que as cidades de Remígio e Esperança, e os distritos de Lagoa do Mato, São Miguel e Cepilho, todas localizadas no Agreste paraibano, devem adotar um sistema de racionamento de água.
Conforme notícia divulgada nos perfis de redes sociais da Cagepa, o
racionamento se deve ao baixo volume de água armazenada no Açude Vaca
Brava, responsável pelo abastecimento das cidades que vão precisar
racionar água. Os municípios de Remígio e Esperança estão localizados
na microrregião paraibana do Curimataú, uma das mais afetadas pela
estiagem no estado.
Combate a seca
Entre as ações do Comitê de Combate a Estiagem, estão a entrega de cerca de 7 mil cestas básicas do Ministério do Desenvolvimento Humano Nacional, recuperação de poços artesianos e Operação Carro Pipa. O Exército Brasileiro fez 293.678 atendimentos à população de 107 municípios.
Entre as ações do Comitê de Combate a Estiagem, estão a entrega de cerca de 7 mil cestas básicas do Ministério do Desenvolvimento Humano Nacional, recuperação de poços artesianos e Operação Carro Pipa. O Exército Brasileiro fez 293.678 atendimentos à população de 107 municípios.
A Secretaria de Infraestrutura do Estado em parceria com o
Ministério da Integração Nacional atenderam 93 municípios com 222
carros-pipa. Além de distribuírem 19 mil toneladas de ração animal em
20 pólos de atendimento, que atendem mais de 20.000 produtores em 50
municípios.
G1Pb
Nenhum comentário:
Postar um comentário