Por Antonio Cabral*
Você
já imaginou, hipoteticamente falando, se surgisse um nome diferenciado
para disputar a Prefeitura de Piancó agora em 2016? Diferenciado no
sentido de não ter vínculos históricos nem laços familiares com os que
já passaram pela administração pública e não corresponderam com as
expectativas do eleitor e consequentemente, do povo. Temos visto nos
últimos 50 (cinquenta) anos, pesquisando um pouco sobre a política
local, que um mesmo grupo administra a cidade todo esse tempo. Trocam-se
os nomes, mas os laços familiares e as ideias são as mesmas. Nada
muda... O "modus operandi", ou modo de operação/administração é o mesmo.
Em administração, modus operandi designa a
maneira de realizar determinada tarefa segundo um padrão
pré-estabelecido que dita as maneiras de como agir em determinados
processos.
No
caso dos assassinos em série, o mesmo modo é usado para matar as
vítimas: este modo identifica o criminoso como o mesmo autor de vários
outros crimes. Não é o caso em epigrafe (o mote). Mas serve para
exemplificar o que ocorre hoje na política administrativa local.
E
ai te pergunto novamente: E se surgisse um nome diferenciado para
disputar a Prefeitura de Piancó agora em 2016, o que você faria?
Iria ignorá-lo porque não tem laços familiares ou de corregionalista com os que fazem a política piancoense?
Seria oportuno que a população dissesse que QUEM MANDA AQUI SOMOS NÓS!
Assim haveria uma mudança radical na política administrativa e o
eleitor/população daria uma lição de moral e ética a esses que sempre
acreditaram ser donos do poder em nossa cidade.
O
eleitor não sabe o valor e a importância que tem num processo
eleitoral. A força do voto pode mudar todo um sistema arbitrário e
arcaico que está ai a mais de 50 anos.
Imaginar
que porque Fulano é pobre e não tem dinheiro pra atender (comprar
votos) os apelos do eleitor, é pura burrice. É o chamado Analfabeto
Político, como bem disse Bertolt Brecht. E ele ainda fala em uma das suas celebres frases que "A vida é curta e o dinheiro também".
Trocar o voto, algo muito importante, por um punhado de dinheiro, não
vai valer nada. Em pouco tempo você estará a bater a porta daquele que
lhe deu essa "esmola" criminosa, e este lhe dirá em alto e bom som: -
Não venha mais aqui; já paguei pelo seu voto! E perde todos nós porque
nossa cidade não vai progredir, pois aquele que lhe deu o dinheiro
tentará recuperar através dos cofres públicos, das obras superfaturadas,
das "pedaladas" da vida.
Por
ser simples e pobre financeiramente não significa que a pessoa, bem
instruída e de boa índole, não possa ser o prefeito de, por exemplo,
Piancó. Talvez estejamos perdendo a oportunidade de realizar algo
grandioso nessas eleições, que acontecerá no dia 02 de outubro. Imagine
você ai agora, nesse momento, fazendo a opção por um nome novo e sério,
honesto, inteligente, conhecedor dos problemas da cidade (e da
população), responsável, e temente as leis divinas e dos homens... Seria
um fato histórico se nós colocássemos alguém independente e sem vícios
políticos, para ser o nosso Administrador, o nosso Prefeito. É dificl a
realização desse Projeto - que não é um sonho -, porque as pessoas estão
viciadas pelas regalias, pelas esmolas, pelos afagos e beijos falsos,
pelas promessas nunca cumpridas, pelas visitas fora de hora, pelas
ideias que ficam só no papel e nos discursos.
Você
viu algum prefeito eleito cumprir o seu programa de governo registrado
no TRE no ato do registro da sua candidatura? Nunca! E nem vai cumprir,
porque eles sabem que o povo não ler, não procura conhecer a vida
pregressa daquele político que se diz honesto e na verdade não passa de
um Ficha Suja. Senão Suja na Justiça, mas Suja nos Mandamentos Cristãos.
Pessoal
chegou o grande momento de fazermos uma história nova, com nomes novos,
sem vícios políticos e com ideias possíveis de ser realizadas.
Existe uma frase que diz: "Se não levar pra casa, o dinheiro dá pra fazer muita coisa". Mas quem gasta quase um milhão de reais num
tempo desse, numa campanha eleitoral, com certeza essa pessoa vai ter
que recuperar o dinheiro gasto de alguma forma. O filósofo Nelson Barh tem uma frase que pode exemplificar o que estamos falando nesse parágrafo: "Quase sempre, onde tem muito dinheiro...tem ladrão e corrupção".
Mas se tem pessoas sérias e honestas que não usaram um milhão numa
campanha eleitoral, o ladrão e a corrupção não vai existir no lugar que
tem muito dinheiro. Esse dinheiro vai ser usado para a Saúde, a
Educação, a Cultura, o Meio Ambiente, a Agricultura, a Urbanização e
tantas outras coisas.
Pensem... Raciocinem... A nossa oportunidade está ai, batendo às nossas portas. Basta criarmos vergonha na cara
e entender que um voto não é um objeto de troca nem uma moeda sem
valor, mas é algo que pode mudar a vida de uma população por completo.
*
Historiador, Jornalista (DRT-PB 3085), Professor de Sociologia na
Escola Estadual Poeta José Lins do Rêgo e Escola Estadual Prof. Orlando
Gomes Cavalcnte (João Pessoa)
Nenhum comentário:
Postar um comentário