O opositor cubano Oswaldo Payá,
um dos mais destacados líderes da dissidência interna da ilha, morreu
neste domingo em consequência de um acidente de trânsito na província
oriental de Granma, informaram diversas fontes.
Uma
funcionária do hospital Carlos Manuel de Céspedes da cidade de Bayamo
confirmou à Agência Efe por telefone a morte de Payá, informada também
na rede social Twitter pela conhecida blogueira crítica Yoani Sánchez e
inclusive pelo internauta governista conhecido como Yohandry. Além
disso, um porta-voz do Arcebispado de Havana disse à Efe que o cardeal
cubano Jaime Ortega falou esta tarde com a esposa de Payá, que lhe
confirmou a trágica notícia.
Sem
que ainda se saibam detalhes do fato, as diversas fontes consultadas
pela Efe explicaram que Payá morreu após um acidente de trânsito que
sofreu nas proximidades da cidade de Bayamo o veículo no qual viajava
com outras três pessoas.
Acidente "lamentável"
O
site oficial "Cubadebate" qualificou "lamentável" o acidente no qual
morreu Oswaldo Payá, em uma incomum nota onde assegura que as
autoridades do país averiguam as causas do acidente.
A nota
deste site oficial diz que o acidente aconteceu às 13h50 (horário
local, 15h50 de Brasília) deste domingo na localidade conhecida como La
Gavina, situada a 22 quilômetros da cidade de Bayamo, na província
oriental de Granma.
Detalha que os mortos "são os cidadãos
cubanos Oswaldo Payá Sardiñas, morador em Havana, e Harold Cepero
Escalante, oriundo de Ciego de Ávila". Além disso, informa que ficaram
feridos o espanhol Ángel Carromero Barrios e o sueco Jens Aron Modig,
que sofreram ferimentos leves e recebem assistência médica no hospital
Clínico Cirúrgico Docente "Carlos Manuel de Gramados" de Bayamo.
O
opositor cubano Oswaldo Payá, de 60 anos, era um dos mais destacados
líderes da dissidência interna da ilha, foi o fundador do Movimento
Cristão Libertação e o promotor do denominado "Projeto Varela", uma
iniciativa que apresentou ao Parlamento cubano em 2002 após recolher
11.020 assinaturas em apoio de um referendo para introduzir reformas à
Constituição.
Em outubro de 2002, o Parlamento Europeu lhe
outorgou o prêmio Sajarov para os Direitos Humanos e a Liberdade de
Pensamento, em reconhecimento a sua luta pacífica a favor da transição
à democracia em Cuba.
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