Por MADSON MORAES

Quer um exemplo clássico? É só lembrar-se do rei Roberto Carlos
e suas "superstições" dentro e fora dos palcos. Ele, por exemplo, só
usava ternos de cor azul ou branco e evitava ao máximo pessoas que
usassem o marrom. Outro famoso que possui a doença é o jogador David Beckham,
que declarou recentemente sofrer de TOC e que ainda não conseguiu
vencer o distúrbio. Mas o problema não é apenas privilégios para
celebridades: quase cinco milhões de brasileiros convivem com o
transtorno, segundo a Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP).
O
TOC, ou transtorno obsessivo-compulsivo, é um desvio comportamental que
se caracteriza pela presença de crises recorrentes de obsessões e
compulsões. Leia o termo "obsessão" por pensamentos, ideias e imagens
que invadem a pessoa instantaneamente sem que ela queira.
"O
transtorno obsessivo-compulsivo é um dos transtornos de ansiedade
caracterizado por pensamentos obsessivos compulsivos que levam a
comportamentos que fogem do padrão normal da sociedade e causando um
incomodo para a própria pessoa, podendo ocorrer tanto em homens quanto
mulheres na mesma proporção", explica o psicólogo clínico Maurício
Pinto.
Maurício explica que os sintomas do TOC ocorrem,
normalmente, como consequência de alguma situação mal administrada ou
mal resolvida pela pessoa como efeito de um trauma, frustração,
depressão ou forte estresse. Mas qual o limite entre uma mania que pode
ser considerada saudável e em que momento isso vira doença?
"Possuir
alguns rituais ou hábitos repetitivos podem ser positivos e práticos.
Quando estes se tornam muito frequentes, podem trazer incômodos,
interferir no dia a dia da pessoa e podem até a constranger em algumas
situações. Em muitos casos, a ansiedade gerada por este transtorno
impossibilita que a pessoa leve uma vida normal quando os pensamentos
obsessivos se tornam mais frequente", observa o psicólogo.
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